Biden Afirma que Israel Ainda Não Decidiu Resposta ao Irão em Meio a Crescente Tensão Regional
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que Israel ainda não tomou uma decisão final sobre como responder ao ataque do Irão. A declaração veio durante uma reunião em Tel Aviv com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, em meio a um cenário de escalada de violência na região. O presidente americano reiterou o apoio dos EUA a Israel, mas também destacou a complexidade da situação, especialmente após o bombardeio a um hospital em Gaza, que Biden afirmou “parecer” ter sido causado por “outro grupo”, não especificando diretamente o Hamas ou outro envolvido no conflito.
A tensão entre Israel e o Irão atingiu um novo pico, com ameaças mútuas de ataques, e a comunidade internacional observando atentamente as movimentações no terreno. Biden destacou a importância de Israel tomar uma decisão calculada e não apressada em relação ao ataque que partiu do Irão, sugerindo que as ações de Tel Aviv podem influenciar a estabilidade não apenas local, mas em todo o Oriente Médio.
Ordens de Evacuação e Explosões no Sul de Beirute
Nas últimas 24 horas, a situação no sul do Líbano também se deteriorou, com explosões relatadas em Beirute após as ordens de evacuação emitidas pelo exército israelita. Fontes locais relataram que, após um aviso emitido pelas Forças de Defesa de Israel (IDF), civis foram obrigados a deixar a área, exacerbando uma já grave crise humanitária no país.
Esses episódios coincidem com informações divulgadas pelo exército israelita sobre a morte de mais de 250 membros do Hezbollah desde o início da ofensiva no Líbano. O Hezbollah, por sua vez, intensificou os seus ataques a Israel, lançando cerca de 230 projéteis em um único dia, conforme relatado pelas IDF. Sirenes de alerta de mísseis foram ativadas em várias partes do norte de Israel.
Mortes e Confrontos no Líbano
O conflito não está limitado a Israel e ao Hamas. No Líbano, o número de deslocados já ultrapassou os 172 mil, com os centros de refugiados “completamente cheios”, de acordo com organizações humanitárias locais. No entanto, fontes da segurança israelita acreditam que os confrontos no Líbano podem terminar nas próximas duas ou três semanas, dependendo da continuidade dos ataques e das respostas coordenadas entre o Hezbollah e as forças israelitas.
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O comando do Hezbollah também enfrenta uma grave crise de liderança, após relatos de que o sucessor de Hassan Nasrallah, líder da organização, poderia ter morrido em ataques aéreos israelitas. A possível morte do líder levanta questionamentos sobre a futura coordenação militar da organização no Líbano, deixando espaço para incertezas sobre o papel do Hezbollah nos conflitos futuros.
Ataques Aéreos no Iémen e Intervenção Internacional
Enquanto isso, os Estados Unidos e o Reino Unido realizaram 12 ataques aéreos no Iémen, uma ação coordenada com as forças da coalizão liderada pela Arábia Saudita. Os ataques, segundo fontes diplomáticas ocidentais, têm como objetivo enfraquecer os rebeldes Houthi apoiados pelo Irão. Esta intervenção reforça a tensão geopolítica mais ampla na região, com várias frentes de conflito envolvendo potências globais e seus aliados regionais.
A recusa de Biden em atacar infraestruturas nucleares iranianas também foi destacada em declarações recentes do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, que classificou a decisão como “a coisa mais louca que já ouvi”. Trump, conhecido por sua abordagem agressiva em relação ao Irão, tem criticado consistentemente a política externa da atual administração, particularmente em assuntos relacionados ao Oriente Médio.
Desafios à Diplomacia Internacional
A Casa Branca procura agora pressionar a liderança libanesa para realizar as eleições presidenciais nos próximos dias. Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, era visto como uma força de bloqueio na realização desse pleito, e sua possível morte pode alterar o cenário político no Líbano.
Além disso, a Casa Branca também anunciou um pacote de ajuda humanitária de 157 milhões de dólares para apoiar as populações afetadas pelo conflito no Líbano. O Departamento de Estado dos EUA afirmou que esses fundos serão direcionados para atender às necessidades mais urgentes de deslocados internos, refugiados e comunidades de acolhimento no Líbano, bem como para aqueles que fogem para a Síria.
Os esforços diplomáticos dos EUA também incluem uma pressão para acalmar as tensões entre Israel e o Hezbollah, com uma possível trégua em mente. No entanto, fontes militares israelitas indicam que o país tem “mais surpresas reservadas” para o Hezbollah, insinuando que operações militares mais contundentes podem estar a caminho, se necessário.